Moradia antiga e terreno de cultivo com 3.900m2 Pussos - Alvaiazere
Moradia antiga de pedra mas habitável no centro da aldeia de Pussos - Alvaiazere com área de implantação de 130m2 e com 3.900m2 de área de terreno de cultivo onde pode encontrar árvores de fruto, oliveiras e um poço construído recentemente. (2 artigos destintos mas vendidos em conjunto)
A moradia é anterior a 1951 localizada numa zona tranquila com excelente exposição solar, é composta por sala, cozinha, casa de banho e cinco quartos e duas lojas no r/c para arrumos. janelas de alumínio , esgotos , água e eletricidade.
A moradia está habitável mas precisa de alguma remodelação para mais conforto.
Se procura tranquilidade esta propriedade é certamente o que procura, Ideal para turismo rural.
Pussos é apenas a dois quilometros e meio de Alvaiazere onde pode encontrar todos os serviços, comércio e escola.
DISTANCIAS:
Nó da A13 a cerca de 5 km.
Tomar a cerca de 25 km
Leiria a cerca de 50 km
Coimbra a cerca de 50 km
Esta moradia tem uma história muito interessante, assim como a escola pública e muitas outras casas na aldeia de Pussos e redondezas. Pois foi mandada construir por Bernardino Alves Correia, que foi um dos mais importantes armadores Portugueses no século XX, foi ele que impulsionou o comércio e a indústria na zona nessa época, sendo ainda familiar do atual Proprietário desta casa.
"Bernardino Alves Correia foi um dos mais importantes e bem sucedidos armadores portugueses do século XX. Empreendedor nato, fundou a Companhia Colonial de Navegação em Julho de 1922 em Angola e manteve-se ao leme desta grande empresa até falecer em Janeiro de 1957. A ele se deve a construção dos maiores navios de passageiros nacionais VERA CRUZ e SANTA MARIA, e ainda o INFANTE DOM HENRIQUE, que seria encomendado meses depois do seu falecimento.
Em Agosto de 1956, Bernardino Corrêa esteve na Cidade do Cabo a bordo do seu VERA CRUZ, no grande cruzeiro do Périplo de África, efectuado de 8 de Agosto a 29 de Setembro de 1956, e anunciou a futura construção do INFANTE em entrevista ao jornal South African Shipping News:
"A frota mercante portuguesa da Companhia Colonial de Navegação que serve as linhas de África vai ser aumentada com um novo paquete."
Era já o futuro INFANTE, então em fase de projecto, que seria encomendado em 1957 ao estaleiro belga Cockerill e entregue em Setembro de 1961.
Depois de uma longa carreira o navio acabou desmantelado na China em 2004. Parte das obras de arte que decoravam originalmente o Infante, podem ser apreciadas no Museu de Marinha de Lisboa, mas muitas foram destruidas na China há cinco anos.
A Companhia Colonial teve uma existência de 51 anos, sendo associada à Empresa Insulana de Navegação em Fevereiro de 1974 dando origem à CTM- Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos, que exerceu a sua actividade até 1985. O último grande navio adquirido pela CCN chamou-se Bernardino Corrêa, em homenagem ao fundador da Colonial."
Pussos foi vila e sede de concelho entre 1514 e o início do século XIX. Nessa altura designava-se por Vila Nova de Pussos.
Santo Estêvão de Pussos é paróquia de origem remota, fundada provavelmente em termos pré históricos. A região geográfica onde está inserida assim o indica, embora não tenha surgido até hoje grandes elementos que o confirmem. É também uma freguesia conhecida pelos seus prédios deixados por famílias ricas existentes, na altura cabaços era um dos lugares mais importantes onde foi constituída a 1% Associação Sport Club ainda existente nos dias de hoje.
Em Pussos, antigamente, havia várias tradições como no Carnaval as pessoas irem a casa uma das outras e tirarem alguns bens para esconderem e no dia seguinte devolverem. Ou outras tradições como quando havia a apanha do milho os vizinhos juntavam-se nas eiras das casas e descamisavam o milho, nestas alturas conviviam entre si chegando a haver bailes e tudo, por vezes era nessas alturas que os jovens se conheciam ou encontravam. Ai não havia pagamento monetário, ajudavam-se mutuamente. Na realização de alguns trabalhos de campo acontecia o mesmo.